Jogadores Tóxicos

Gabriel Lima

Ex-Coordenador de desenvolvimento at Aptor Software
Desenvolvedor por formação. Artista por teimosia.

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O crescimento ininterrupto da internet já não é mais novidade a, pelo menos, uma década. Na era da informação, basta um click para se propagar praticamente qualquer conteúdo. As plataformas digitais as quais ligam duas ou mais pessoas de qualquer ponto do globo são muitas e variadas em suas formas e funções. Entretanto ainda vemos muitas crianças e adultos subestimando ou até mesmo ignorando o potencial destrutivo de tais plataformas. Das muitas plataformas possíveis, será abordada aqui a plataforma dos jogos digitais.

Engana-se quem imagina o ambiente virtual como um ambiente a parte do “mundo real”. O ambiente digital nada mais é do que uma extensão do “mundo real”, fazendo assim parte da nossa sociedade. Assim como no “mundo real” as pessoas podem ser grosseiras ou até mesmo maldosas, o mesmo acontece no ambiente virtual e sobre isso que se trata este post. O termo “jogador tóxico” é relativamente novo, entretanto, aqueles conhecidos como jogadores tóxicos não surgiram hoje ou ontem, existem antes mesmo do advento da internet, sendo que o número de jogadores tóxicos aumentou muito nos últimos anos com a vinda da rede mundial de computadores. Jogador tóxico é todo aquele que mantém uma atitude não ética, seja desrespeitando os demais presentes no ambiente virtual ou se utilizando de maneiras ilegais – de acordo com as regras do jogo – para obter vantagem. Além de tornar o ambiente nada saudável, os jogadores tóxicos agridem sistematicamente os demais jogadores, através de ofensas, nos piores casos, de cunho racista ou sexista.

Algumas empresas adotaram diversas medidas para reduzir o número de jogadores tóxicos, como é o caso da Valve com seu jogo no estilo Massive Online Battle Arena, Dota 2. A Valve não apenas puniu os jogadores tóxicos, como criou mecânicas para que bons jogadores sejam beneficiados pelo seu comportamento, desta forma incentivando o bom comportamento e o trabalho em equipe. A Valve, inclusive, apresenta números positivos no que tange a 1redução de jogadores tóxicos. Entretanto, outras empresas, como a Riot Games tem tido dificuldades em reduzir o número dos jogadores tóxicos em seus servidores. 2Um dos fatores contribuintes para tal comportamento antisocial é a aparente anonimidade que a internet oferece.

Pais e educadores devem ficar atentos a forma como jovens e crianças interagem com os demais no ambiente virtual, quando não vítimas, são reprodutores de tal comportamento repreensível. Um acompanhamento mais próximo dos pais, sem cercear a liberdade, pode ser essencial para uma mudança muito positiva e, consequentemente, a criação de ambientes virtuais mais seguros e saudáveis para todos.

[1] http://www.gamebreaker.tv/games/dota2/moba-communities-doomed-toxic/
[2] http://www.psychologyofgames.com/2010/02/deindividuation-and-antisocial-behavior/

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