Alexandre Rosenfeld
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Um dos primeiros posts desse blog foi sobre “por que criar jogos?” (recomendo muito a leitura) do nosso designer e desenvolvedor de jogos, Gabriel Lima. Nesse post quero expandir um pouco mais o assunto, agora sobre jogos educativos. Então, por que criamos jogos educativos?
A resposta pode não ser tão óbvia como parece. Obviamente a educação é um dos aspectos mais importantes da vida de uma pessoa e as consequências de uma má educação podem ser gravíssimas para a sociedade. E nós acreditamos muito no potencial dos jogos como uma forma de influenciar positivamente na educação das crianças. O que pode surpreender os adultos, é que todos os jogos educam, de uma maneira ou de outra.
Eu e meus irmãos crescemos jogando video-game. Claro que também brincamos na rua (quando era seguro), andamos de bicicleta, fizemos esportes. Mas o que mais nos chamava atenção eram os consoles. Primeiro o Atari (o qual eu tenho vagas lembranças), depois o Super Nintento, Nintendo 64, Playstation, etc. E sabe qual a lembrança mais marcante que eu tenho dos jogos na minha infância? A vontade de aprender inglês para entender aquelas letrinhas que apareciam no Super Mario World, no Pokémon, etc. E eu aprendi! Quando chegou a hora de aprender inglês na escola, eu e meus irmãos já fomos direto para a classe avançada, sem nunca ter feito cursos extras.
Não só isso, muito do que usamos para aprender a dirigir vimos em jogos de corrida, em simulações como o Gran Turismo. Noções importantes de tração nas rodas, a maneira ideal de abrir e fechar as curvas e até mesmo o quanto uma pista molhada pode ser perigosa. Noções básicas de pilotagem que são ensinadas em cursos de direção defensiva, tudo aprendido de forma divertida e interessante a partir de “joguinhos”.
Já deu pra perceber que os jogos, mesmo não sendo educativos, podem ensinar e serem muito úteis na vida das pessoas. Então, por que se fala tanto sobre a influência negativa dos jogos nas crianças? Porque existem todo tipo de jogos, dos mais violentos aos mais didáticos. Para alguém que vê de fora, é díficil entender esse universo variado e complexo dos jogos eletrônicos.
Assim como na televisão existem programas violentos e impróprios para criança, o mesmo ocorre nos jogos. Nem todo jogo foi feito para ser acessado por crianças e adolescentes, depende dos pais entenderem quais são apropriados para cada idade. Além disso, os pais e educadores, se entendessem melhor o que seus filhos e alunos fazem durante os jogos, tenho certeza que eles iriam lidar muito melhor com o fato das crianças passarem tanto tempo fazendo algo que para eles é inútil. Para explicar melhor esse tema, deixo uma pesquisadora, que entende muito mais do assunto que nós:
Então, por que fazer jogos educativos? Primeiro, claro, queremos ajudar, da maneira que podemos, na educação das crianças e acreditamos que os jogos são excelentes para isso (mais sobre isso em um post futuro). Mas, principalmente, acreditamos que criando jogos que são explicitamente educativos, podemos atingir os adultos mais céticos sobre os jogos e ajudá-los a compreender melhor como os jogos influenciam positivamente a vida das crianças. Quem sabe, no futuro, os adultos entendam tão bem o efeito dos jogos nas crianças, que até eles mesmo se tornem jogadores.
Com certeza os jogos desenvolvem o cérebro e trazem aprendizados pra vida real, sem falar da diversão!! Parabéns!! Abs